No deserto, há uma voz que grita. O que ela está fazendo lá, tão longe e solitária? O que ela quer gritando para o nada e o ninguém? Se perguntam os poderosos do alto de suas coberturas escondidas e o cidadão de bem do alto do seu medo de transgredir a zona de conforto de sua ignorância . No deserto, uma voz grita. Ela toca todos os marginais, os desprovidos e os dispostos a lutar. Só estes tem o ouvido na sintonia certa para capta-la e se juntarem a ela, sem medo, pois não há nada mais para perder. Ela clama uma nova revolução, uma nova rebelião que nem todos tem punho para suportar. Quando uma voz se torna muitas, ela sai dos desertos, guetos e cantos esquecidos. São rugido, o barulho que anuncia a bala de um canhão. Tem o peso de construir ou destruir quem está no poder. Por quem ou para quem você quer gritar hoje?