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De Quem é a Voz?

Olá, pessoas!

Eu sou Tauana Nagy, paulistana (I❤SP), biomédica e viciada em canais de investigação policial.

Criada por uma mãe professora e um pai livreiro, as palavras não demoraram para entrar na minha vida, assim como conversas sobre política, filosofia e o mundo como nos cerca.

Nos últimos quatro anos, decidi que era hora de deixar minhas próprias estórias florescerem e ganharem vida fora da minha cabeça. Embora não tenha nada finalizado e publicado, ainda, cada vez mais aprendo sobre minha voz como escritora, participando de espaços/eventos como Clube de Escrita Para Mulheres e o Retiro de Escritoras . 

Estou, também, no Twitter e no Instagram.

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No deserto

No deserto, há uma voz que grita. O que ela está fazendo lá, tão longe e solitária? O que ela quer gritando para o nada e o ninguém? Se perguntam os poderosos do alto de suas coberturas escondidas e o cidadão de bem do alto do seu medo de transgredir a zona de conforto de sua ignorância . No deserto, uma voz grita. Ela toca todos os marginais, os desprovidos e os dispostos a lutar. Só estes tem o ouvido na sintonia certa para capta-la e se juntarem a ela, sem medo, pois não há nada mais para perder. Ela clama uma nova revolução, uma nova rebelião que nem todos tem punho para suportar. Quando uma voz se torna muitas, ela sai dos desertos, guetos e cantos esquecidos. São rugido, o barulho que anuncia a bala de um canhão. Tem o peso de construir ou destruir quem está no poder. Por quem ou para quem você quer gritar hoje?

01

"Sou meu próprio Deus, meu próprio santo, meu próprio poeta Me olhe como uma tela preta, de um único pintor Só eu posso fazer minha arte Só eu posso me descrever [...] Se você não se enquadra ao que esperam Você é um  Bluesman " Baco Exú do Blues - BB King Tenho a mão fechada sobre a maçaneta, com coragem o suficiente para chegar até a porta e só. Dentro do meu peito, coração e pulmões estão paralisados de uma dor que só minhas emoções sombrias podem me infligir. Sei que posso ficar encarando o desconhecido por horas, mesmo que seja para recuar acovardada depois. Um impulso elétrico de origem desconhecida (para mim) atinge meus músculos e a minha mão tem a audácia de abrir a porta. Lá dentro, há teias, mofo e abandono. Não quero acender a lâmpada e me deparar com os esqueletos de todas minhas desistências, de tudo que deixei pela metade. O ar me comprime e quero me cuspir dali. Antes de vacilar e me entregar, minhas mãos tocam a madeira gasta, o caderno enrugado

Subplot

Se eu contar quantas vezes eu apareci naquele filme*, talvez daria um total de 5 minutos. Cinco minutos em que minha existência não faz nenhum sentido, não agrega nada a sua- ou nossa - estória. Cena um: você, o policial marrento e fodão - o tipo que toda cara desejou ser um dia - chega em casa depois de uma noite de lutas, álcool e surras em testemunhas ou suspeitos. Acho que para você isso não faz diferença. Ao ouvir a sua presença caótica, desço a escada em fúria. Como a típica esposa louca do cinema, meu primeiro grande ato é discutir com você que exibe sinais claros do cansaço da noite anterior. Eu recebi, por engano, a mensagem que você gostaria de ter mandado para alguma outra garota. Como a típica esposa louca do cinema, decido nesse instante que quero divórcio e parto com minhas filhas. Em meio a tantas decisões que parecem precipitadas, ninguém se importa em dizer a quanto tempo eu aguento as suas merdas, os seus chifres, a sua falta no que deveria ser um lar feliz. Assi